Caça-Fantasmas (2016) | Carisma das comediantes e efeitos especiais seguram o reboot

Kristen Wiig e Melissa Macarthy unem forças para salvar Nova York dos fantasmas e a marca Ghoustbuster do esquecimento.


Quem viu a estreia de Caça-Fantasmas nos cinemas no último dia 14 de julho, não imagina a força que a franquia tinha na “jurássica” década de 80. O lançamento do primeiro filme, em 1984, estampou o “logotipo do fantasminha” em tudo que você pode imaginar. O sucesso era tanto que o longa ganhou uma linha de brinquedos, uma sequência em 1986, duas versões em desenho animado — uma na década de oitenta, outra na de noventa — e a música tema do filme tocava o tempo todo nas rádios. Desde o lançamento do segundo capítulo, a Columbia (que hoje pertence ao grupo Sony) tenta colocar os Caçadores de volta à ativa. O medo de “manchar” o legado vitorioso fez os heróis sacarem suas armas de prótons e aprisionar a ideia de mais uma sequência dentro do Tubo Receptáculo, junto com todos os fantasmas já capturados pela equipe. Reiniciar a franquia foi a solução encontrada pelo estúdio, e para tudo dar certo, era preciso manter a fórmula original. Antes tínhamos dois “Reis da Comédia” para encabeçar o elenco: de um lado Dan Akroyd — sucesso com Os Irmãos Cara de Pau e Dr. Detroit — e do outro, Bill Murray, que reinava absoluto no programa Saturday Night Live.

Para o novo time, uniram duas rainhas do improviso: Melissa Mccarthy, sucesso com Uma Espiã por Acidente e Kristen Wiig — parceira de MacCartty em Madrinha de Casamento — que começou fazendo residência também no Saturday Night Live antes de ir para o cinema. No filme, as duas cientistas veem suas teorias se tornarem realidade quando aparições fantasmagóricas assombram pontos específicos de Nova York.

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O reboot tem pontos altos nas cenas de açāo e Kate McKinnon, outra cria do SNL, se destaca ao enfrentar um exército de fantasmas com o auxílio das novas armas de prótons que criou para o grupo de caçadoras. O ponto negativo é a interação entre as comediantes, na falta de piadas e de diálogos mais afiados. A veterana do mesmo programa, Leslie Jones, garante, ao menos, boas piadas físicas como o “exorcismo feito aos tapas” na amiga MacCarthy. Os efeitos especiais saltam da tela na versão IMAX 3D, com raios de prótons e ecto-plasmas saindo da projeção de tempos em tempos para escondem a metragem extensa da sessão. Para fazer a alegria dos fãs, os produtores espalharam os principais personagens do Caça-Fantasmas de 1984 — inclusive os próprios fantasmas — durante a exibição e deixaram para a cena extra uma grande homenagem. No fim, é uma boa refilmagem, mas com potencial para muito mais.

Nota: 5,5/10

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